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Dona da Friboi serve carne com larvas a trabalhadores e é condenada

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    KurticaoVip KurticaoVip
  • 16 de ago. de 2014
  • 2 min de leitura

Juíza compara caso a cena de filme; empresa consegue reduzir multa para 0,03% de seu lucro líquido em 2013


A JBS, dona da marca Friboi, foi condenada por, dentre outras irregularidades, servir carne com larvas de moscas a funcionários de um frigorífico em Juruena (MT), onde trabalhavam cerca de 200 pessoas. A empresa, porém, conseguiu reduzir a multa para R$ 300 mil – o equivalente a 0,03% de seu lucro líquido ajustado em 2013, de R$ 1,2 bilhão.

Segundo um relatório do Serviço de Inspeção Federal (SIF), os trabalhadores afirmaram que "muitas das vezes encontraram insetos" na comida que lhes era servida.

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"Ontem os funcionários da expedição entre outros que foram jantar encontraram larvas de varejeira na carne", diz trecho do documento reproduzido em ddecisão judicial. "Alguns funcionários desistiram de comer e outros comeram por não ter opção.”

O refeitório, de acordo com a denúncia do MPT-MT, ficava próximo a um lixão, mas não contava com telas ou cortinas de ar que impedissem a entrada dos insetos. O local, que estava com as paredes emboloradas e panelas e equipamentos sujos, também não tinha equipe de limpeza: a própria auxiliar de cozinha era encarregada de limpar, inclusive as áreas externas.

Em setembro de 2013, a JBS foi condenada a pagar R$ 1 milhão por dano moral coletivo pela juíza Mônida do Rêgo Barros Cardoso, da Vara do Trabalho de Juína, que comparou o caso a uma cena de cinema.

"(...) é tão repugnante que faz lembrar a cena clássica de 'O encouraçado Potemkin' (filme de 1925 de Sergei Eisenstein), em que uma carne repleta de larvas de insetos é servida aos marinheiros de um navio, provocando a revolta desses trabalhadores", escreveu a juíza.

Em junho deste ano, o Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (Mato Grosso) reduziu a multa para R$ 300 mil. Segundo o desembargador Osmair Couto, responsável pelo caso, a nova quantia está mais em linha com o que os magistrados decidiram em processos semelhantes.

No processo, a JBS afirmou que o frigorífico de Juína foi desativado em janeiro de 2013 por tempo indeterminado. Procurada, a empresa informou que não comenta casos em andamento.

Tanto JBS como o MPT-MT podem recorrer.


 
 
 

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